Afunde seu corpo todo na água fria em um dia quente.
Mantenha apenas a cabeça para fora
De forma confortável.
Encare um ponto fixo, onde não houver razão ou ponto algum.
E faça, de verdade, uma pausa para respirar...
Quando tudo parecer te engolir ou massacrar,
Faça simplesmente uma pausa para respirar...
Mas não inspire como se houvesse perdido o fôlego,
Ou expire como se libertasse verdadeiros demônios...
Não...
Desarme-se das armaduras incômodas e quentes
E apenas, respire...
Vagarosamente...
E fale consigo mesmo, na língua do silêncio sobre coisa alguma.
Não se pergunte.
Não se responda.
Não se olhe.
Não se gaste.
Respire...
E sinta a água que te bate no corpo,
O vento que te bate nos cabelos,
O sopro que te bate no peito,
E a tranquilidade que te bate na alma...
E que fala contigo bem baixo: "_se estique."
E te pede por vezes, quase sempre: "_se ajeite."
E te ordena com força, imponente: "_se acalme."
Se acalme, e respire.
Vagarosamente...
E saia da água agora, pois já é tarde.
Gostei muito Mari! Quando ,leio seus textos,como esse por exemplo,me sinto personagem dele.Vou lendo e me imaginando fazendo o que você escreve.
ResponderExcluirEstá cada vez melhor!
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